Esses dias estava lendo sobre como os grandes estúdios de cinema fizeram um círculo completo e resgataram um monopólio que havia sido desmantelado pela ação da justiça dos EUA.
Tem uma matéria mais detalhada
sobre isso aqui, mas, para resumir muito a história, no passado os grandes estúdios de cinema dos EUA eram donos das salas de cinemas também. Assim, as salas de um estúdio só passavam filmes deles e os filmes deles não passavam em salas de outras redes de cinema. Isso impedia que surgissem cinemas independentes, bem como estúdios independentes. Uma ação do governo dos EUA proibiu essa prática e os cinemas se desvincularam dos estúdios.
Na última década, o streaming se consolidou como forma de distribuição de conteúdo. Algumas plataformas veiculavam os conteúdos de vários estúdios e tudo parecia muito interessante e por um preço muito bom.
Mas, em pouco tempo, os estúdios viram que, se fossem donos dos próprios streamings, poderiam monopolizar seus conteúdos, voltar para a época em que eram donos dos cinemas e, quiçá, matar os peixes pequenos ao dominar o mercado.
Ou seja, ao contrário do que os idólatras do livre mercado pensam, o capitalismo não é uma concorrência sadia em que o consumidor sempre vence recebendo o melhor preço e a melhor qualidade.
O apetite de quem está competindo nos Jogos Vorazes do mercado não é só ser o melhor, é ser o único.
No artigo do Narloch, ele fala sobre a empresa Buser, um aplicativo que promove viagens semi-clandestinas de ônibus. Não vou me aprofundar na honestidade do Buser, mas vale dizer que o garoto propaganda da empresa é o Ronaldinho “passaporte falso” Gaúcho.