☕ Café com Satoshi - Issue #26: o Cisne Negro e o Coelho Branco 🐰

A facilidade com que Hong Kong foi engolida pela China, nos bastidores do lockdown, sugere que 2020 será lembrado como o ano em que “a p* ficou séria” para a democracia.

O Twitter censurou publicações do presidente brasileiro, e adicionou rodapés às de Trump, com links para “fact-checking” feito por canais de esquerda.

O Youtube confessou estar deletando automaticamente vídeos e comentários que mencionem o departamento de propaganda cibernética do PCC. Repare bem: uma companhia americana, censurando comentários feitos por americanos, em vídeos americanos… quanto a uma entidade chinesa. De onde vem essa diretriz?

Fatos, faz tempo, perderam os holofotes na agenda pública. Debates são sobre valores. Fact-checking é um exercício de poder, não uma demonstração de verdade.

Os oligopólios da internet cruzaram o Rubicão. A maioria dos Estados ocidentais submeteu-se à sua infiltração e influência sorrateira (“Corporatocracia“), ao legislá-los como plataformas neutras e supra-nacionais - não reconhecendo que seriam logo capturados pelos governos mais ágeis, para a manobra de políticas externas.

Publicamos um relatório rememorando como os mercados reagiram até agora no ano mais atípico da sua vida. São 11 páginas e +20 gráficos.

Exploramos a entrada do Bitcoin em sua 4ª grande era, e explicamos o que isso significa dentro do contexto macroeconômico, analisando sua relação com:

além de comentar sua adoção institucional, principais indicadores e perspectivas para este novo ciclo.

➡ Leia. Critique. Baixe o PDF e compartilhe com o vizinho no-coiner.

O Bitcoin evolui numa frequência cíclica. Tanto seus preços, quanto a usabilidade de seus produtos, quanto sua infraestrutura financeira, quanto sua adoção mainstream - todos estão sujeitos a estes ciclos.

A razão que os causa é motivo de infindável debate. Sua perenidade, também. Mas a existência deles é inegável.

Mesmo depois de 11 anos de vida, ainda tem gente que bóia (ou discorda) quando alguém os menciona numa conversa.

Destilamos o que se sabe sobre eles em um artigo curto e fácil de entender:

O Twitter anunciou que quase todos seus funcionários poderão trabalhar de casa para sempre. O Facebook anunciou o mesmo. No Brasil, a XP e o Nubank adotaram 100% de home office até o fim do ano.

Uma das implicações da tendência diz respeito a impostos sobre renda. Zonas com clima ameno, imóveis baratos e políticas fiscais permissivas atrairão influxos de trabalhadores ricos e qualificados.

A mobilidade entre jurisdições cria uma competição por cidadãos. Taxas são forçadas a ganhar propósito. O eleitor vira um consumidor. O livro “Sovereign Individual" anteviu isso tudo há mais de 20 anos.

O rial, moeda do Iêmen, deixou de ser fungível neste ano. Notas antigas, impressas antes de 2016, estão valendo cerca de 10% mais que notas posteriores. O motivo? Uma história de cinema envolvendo uma guerra civil, uma fabricante de dinheiro russa, milícias armadas e a disputa pelo controle de um Banco Central.

Estudo que traça paralelos entre a reação de jogadores de World of Warcraft a uma epidemia dentro do mundo virtual com a reação do público à Corona-crise. No Warcraft, o vírus podia ser transmitido por animais assintomaticamente, e drenava a vida de quem era infectado (por contato). A resposta dos jogadores foi fenomenal.

Gerald responde a um anúncio prometendo uma grana para se vender relógios Wacko. Ele recebe um carregamento e esgota o estoque. A dose se repete, com pedidos cada vez maiores, até que a cidade toda já tenha comprado um relógio - a irmã de Gerald, inclusive tem 2; até o sobrinho recém-nascido dele ganhou 1. Este é um artigo sobre excesso de oferta, o mercado de petróleo e negócios baseados na exclusividade.

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