A volatilidade (em janela de 30 dias) do Bitcoin oscilou entre 40 e 70% desde o começo do ano, até quarta-feira.
Volatilidade é reflexo de incerteza. Num cenário hipotético em que todos os participantes do mercado têm acesso às mesmas informações e as julgam de modo 100% igual, os preços de um ativo não oscilam. Quanto maior a assimetria de informação, a ineficiência na sua distribuição, e a emoção nos julgamentos individuais (em detrimento da razão), mais os preços variam.
Tais modelos atribuem mais risco a ativos menos estáveis, e costumam usar a medida para dosar alocação entre ativos menos e mais arriscados.
Qual é a informação sendo absorvida pelo mercado quando ações da Petrobrás - a maior empresa pública do país - estão com uma volatilidade 2,3 vezes maior que a do Bitcoin?
Num cenário de exaustão de políticas monetárias, é mais arriscado ter exposição a Bitcoin, ou não ter nenhuma exposição? Participação acionária na petrolífera estatal hoje carrega mais risco que a posse de uma fração do primeiro dinheiro que coloca em cheque a existência das moedas “de papel”?