O 1º halving no bitcoin aconteceu em 2012. O 2º, em 2016. O 3º é agora, em 2020.
Em suas vésperas, tende a aquecer o
debate público em torno da escassez do Bitcoin. Há
quem acredite que o evento é catalisador de
awareness, demanda e preços. Há quem o veja com menos cerimônia, dada sua natureza pública e previsível.
O debate
não tem uma resolução binária. As informações em cima das quais o mercado precifica o bitcoin não têm o efeito linear, por exemplo, de uma previsão de tempo sobre os preços do milho. Um novo adepto não “capta” o bitcoin por causa de um evento específico, mas sim sente-se confortável enquanto digere o paradigma, até um ponto no qual não há mais retorno. O espectro de tempo no qual se dá o “ momento
a-ha!” é extremamente amplo e variado, de pessoa para pessoa - mesmo aquelas com acesso à mesma informação, durante o mesmo período. O processo requer uma fusão de conceitos filosóficos com perspectivas pessoais sobre política, economia e o mundo lá fora.
Essa complexidade está intimamente relacionada com a velocidade em que “a informação sobre o Bitcoin” se dispersa. É como um arquivo de 10GB viajando pela internet em 1997. É a razão pela qual a disseminação de um novo dinheiro leva tempo, e se desenrola como uma história.
O fato é que, até hoje, os preços reagiram positivamente nos meses subsequentes ao halving - e a trajetória atual tem andado em linha com as prévias: