Existe a defesa hipotética de que tudo sobre o que palestrou na Coréia é informação pública - portanto a acusação é inconstitucional diante da 1ª emenda. Mas se Virgil de fato elaborou sobre evadir sanções, e, pior ainda, se de fato fez uma transação simbólica de ether entre as duas Coreias, a intenção é inquestionável - e a pena, clara.
À parte os julgamentos morais, 2 verdades inconvenientes nos saltam aos olhos, nessa história:
1) Quase toda tese que vislumbra a adoção global de criptomoedas presume um
período de embate entre estados-nação e “cripto-soberanias”. Já propusemos aqui que as
nações marginalizadas serão as primeiras a “jogar do lado” das criptomoedas - assim como as indústrias marginalizadas das drogas, pornô e etc costumam ser pioneiras em adotar novas tecnologias. Quer aprovemos ou não, o que a
Coreia do Norte está fazendo é prova disso.
2) Virgil não é o primeiro “membro do círculo interno da Ethereum” a cair nas garras do Departamento de Justiça americano.
E o segundo ponto, em particular, pode ter consequências severas sobre o futuro do
ether. Se quiser entender melhor, elaboramos nossa opinião
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